O CELULAR NA VIDA DOS ADOLESCENTES
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- 17 de out. de 2017
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O CELULAR NA VIDA DOS ADOLESCENTES Por Karine Rizzardi
Tenho tido muita preocupação com o uso abusivo de celulares na mão dos jovens e isto é algo que já venho percebendo a algum tempo.
Se você for ao shopping e começar a prestar atenção nas mesas onde os pais estão sentados com seus filhos, é muito provável que um deles estará teclando com seus amigos e o pai/mãe fica de vitrine, como se tivessem de enfeite. Comunicação quase nula.
Quando os adolescentes estão sozinhos e comendo em lugares públicos, a impressão que da é que a comida é um acessório insignificante, onde ao menos se percebe o gosto daquilo que está sendo digerido, pois o importante mesmo é se fazer presente nas redes sociais com os amigos ou paqueras.
É inegável os benefícios que o celular veio nos trazer, algo que inclusive tem auxiliado os pais na segurança dos filhos como os lugares onde estão, com quem estão e outros, mas não podemos esquecer que o uso exagerado desse instrumento pode ser um meio de fuga dos problemas, dependência ou inclusive um meio de se sentir aceito pelo grupo.
Não se enganem, queridos jovens, tudo o que é exagerado está muito próximo dos motivos que levam ao uso de drogas. Também não se enganem, amados pais, pois muitos filhos só copiam aquilo que vêem os pais fazendo e espero que não seja esse o caso de vocês.
Essa história de tentar conversar com os filhos para equilibrar o uso nem sempre dá certo, o que gera uma série de conflitos. Isso tudo é uma linda teoria, mas todos sabemos que não funciona assim na prática. Independente das circunstâncias, algumas regras devem ficar muito claras e tem que ser rigidamente obedecidas (tanto pelos filhos quanto pelos pais):
Vejo que os pais devem controlar o custo médio que os adolescentes gastam com isso. Na verdade até os pais teriam que controlar o gasto deles mesmos e vejo que muitos falham nesse quesito(principalmente os que tem mais dinheiro). Caso o valor fique ultrapassado do combinado, os filhos devem arcar com os extras tendo que fazer trabalhos caseiros ou fora de casa para suprir o gasto. Os pais devem cobrar até ocorrer a quitação do valor extra. Isso deve ser feito todo mês, não só de vez em quando só para “dar um susto”. Caso esta regra for desrespeitada, vale ter a suspensão do celular por tempo determinado.
O celular não deve ser substituto de afeto e carinho. Sei que os adolescentes estão no momento em que a presença dos pais não é tão importante, mas os pais devem saber o que está ocorrendo com eles. Isso, porém, deve ser conquistado desde a infância, não só quando os desafios da adolescência aparecem.
Independente do tempo e do meio, não podemos esquecer que celular significa um instrumento de comunicação e, como tal, esse contato deve ser iniciado em casa, não com colegas.
A autora é psicóloga especialista de casais e família. Contato: karinerizzardi@hotmail.com Fonte: www.udf.org.br
Em ma pesquisa feita em Flandres, na Bélgica, com 1.656 estudantes de 13 a 17 anos, revelou que o uso do celular à noite é prática recorrente entre os adolescentes e isso está diretamente relacionado ao aumento do nível de cansaço desses jovens após algum tempo. A preocupação maior dos pais no que diz respeito à mídia, é com relação ao tempo que as crianças gastam vendo TV, ouvindo música ou navegando na Internet. O celular é visto como um simples aparelho de comunicação, útil em situações de emergência, mas os jovens hoje usam os meios de comunicação modernos de forma que os pais nem imaginam. Casos de cansaço excessivo informado pelos adolescentes foram atribuídos ao abuso na utilização do celular, tanto em ligações quanto em trocas de mensagens de texto. Eles gastam muito tempo se conectando com outras pessoas, e alguns deles fazem isso a noite inteira. Por outro lado, um melhor rendimento escolar está relacionado a uma boa noite de sono. Estudos revelam que adolescentes que dormem menos estão mais propensos a problemas cognitivos ou comportamentais em sala de aula. Os pais devem estar alerta: é preciso restringir ou proibir o uso do celular após a hora de dormir. Especialistas recomendam que crianças e adolescentes tenham entre oito e dez horas de sono por noite para manter uma vida saudável e um bom desempenho durante o dia. Além disso, os pais que desconfiam que seus filhos estejam sofrendo de distúrbios do sono devem recorrer a consultas com pediatras ou especialistas na área. E dar conselhos como: durma bem para melhorar suas notas.
Por Líria Alves Equipe Brasil Escola
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